Analisando alguns documentos ambientais relacionados com a educação, dentro de suas propostas e o que representam, é relevante mostrar através deste blog a importância e necessidade do tema meio ambiente ser incluído no projeto pedagógico da escola como uma ferramenta permanente, indo além dos temas transversais, e sim, permeando de maneira interdisciplinar e transversal as disciplinas contempladas no currículo, aproveitando o conteúdo específico de cada área, de modo que se consiga uma perspectiva de contribuição para uma melhor assimilação da relação entre a Educação e a posição do homem dentro das interações ambientais, visando uma compreensão mais globalizada das questões ambientais.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (2000, p. 19) uma das questões que levaram a inserir o meio ambiente como tema transversal foi à contribuição, que, em termos de educação, essa perspectiva pode contribuir para “evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do ser humano, da participação, da co-responsabilidade e da equidade”.
A Educação Ambiental é aceita, cada vez mais, como sinônimo de educação para o desenvolvimento sustentável ou de educação para a sustentabilidade e, por esse motivo, é imprescindível a inserção de um projeto de Educação Ambiental no currículo escolar de maneira interdisciplinar em todas as práticas cotidianas da escola buscando a formação de uma sociedade consciente em face de um desenvolvimento sustentável.
A necessidade de uma educação que tenha como finalidade a formação de cidadãos ambientalmente cultos, intervenientes e preocupados com a defesa e melhoria da qualidade do ambiente natural e humano, reúne um largo consenso, tanto em nível internacional, como em nosso país, devendo constituir uma preocupação de caráter geral e permanente na implementação do processo de educação, pressupondo uma clara definição de intenções educativas e uma ambientalização dos conteúdos, estratégias e atividades de ensino-aprendizagem.
Como pode ser observado, a escola, dentre outras funções, tem o dever, como tarefa indispensável de formar indivíduos conscientes de seu grande compromisso com a natureza, sabendo progredir sem desrespeitar o equilíbrio ecológico que devemos manter. Não haverá conscientização se a escola não der o primeiro passo. Afinal, se a escola se mostrar realmente “ecológica”, seus alunos também serão, e, por conseguinte toda a população. A EA precisa de representantes que criticam a realidade vivenciada, que sejam agentes de formação da cidadania.
A natureza está presente em nossa vida a todo momento, por isso devemos cuidar do meio ambiente em que vivemos.
Tendo em vista que a escola é uma das principais responsáveis pela transformação da sociedade, é através dela que podemos iniciar o processo de transformação do cidadão do amanhã. Nas instituições de ensino, podem-se abordar atitudes que precisam ser tomadas para formar seres conscientes da necessidade da natureza como fonte de vida, bem como de sua preservação. Mas não podemos nos restringir somente às escolas, as sugestões aqui existentes também podem ser inseridas e executadas na comunidade. É importante para todos aprenderem sobre educação ambiental, seja criança, jovem, adulto ou idoso. Não é tarde, ainda dá tempo de fazermos algo para salvar o mundo e livrá-lo desse deserto em que ele vem se transformando a cada dia que se passa mesmo se começarmos agora.
Precisamos amenizar nosso impacto sobre o meio ambiente: desmatamento, destruição, poluição, queimadas etc. e tornar a convivência social cada vez mais civilizada. A luta pela sustentabilidade será vencida em diversas frentes, mas em todas elas será preciso a mudança de hábitos pessoais. A Revolução Industrial ainda nos gera riquezas nunca antes vista, mas traz também resultados nada agradáveis.
O homem que deseja dominar o mundo faz nascer o deserto. Ele renuncia sua dignidade frente à natureza e transmite-lhe desumanidade. Ele procura construir uma natureza morta, sonha poder construir um mundo de arranha-céus, fábricas de desejos materiais para respirar seu ar de fumaça, sem se importar com seus semelhantes, com tanta fraqueza mental ele ainda acha que triunfa. Ele não percebe que esta matando a si mesmo porque o verde é que lhe dá a vida.
Além de uma formação inicial consistente, é preciso considerar um investimento educativo contínuo e sistemático para que o professor se desenvolva como profissional de educação.
No Fórum das ONGs, realizado paralelamente à Conferência Rio 92 (o qual produziu a Agenda 21), referendando e ampliando o conceito anterior, o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, “reconhece o papel central da educação na formação de valores e na ação social e para criar sociedades sustentáveis e equitativas (socialmente justas e ecologicamente equilibradas)”, e considera a Educação Ambiental “um processo de aprendizagem permanente baseado no respeito a todas as formas de vida, o que requer responsabilidade individual e coletiva em níveis: local, nacional e planetário”.
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